28 de outubro de 2008

La Marseillaise


Avante, filhos da Pátria,
O dia da Glória chegou.
O estandarte ensangüentado da tirania
Contra nós se levanta.
Ouvis nos campos rugirem
Esses ferozes soldados?
Vêm eles até nós
Degolar nossos filhos, nossas mulheres.
Às armas cidadãos!
Formai vossos batalhões!
Marchemos, marchemos!
Nossa terra do sangue impuro se saciará!

O que deseja essa horda de escravos
De traidores, de reis conjurados?
Para quem (são) esses ignóbeis entraves
Esses grilhões há muito tempo preparados?
Franceses! Para vocês, ah! Que ultraje!
Que élan deve ele suscitar!
Somos nós que se ousa criticar
Sobre voltar à antiga escravidão!

Que! Essas multidões estrangeiras
Fariam a lei em nossos lares!
Que! As falanges mercenárias
Arrasariam nossos fiéis guerreiros
Grande Deus! Por mãos acorrentadas
Nossas frontes sob o jugo se curvariam
E déspotas vis tornar-se-iam
Mestres de nossos destinos!

Estremeçam, tiranos! E vocês pérfidos,
Injúria de todos os partidos,
Tremei! Seus projetos parricidas
Vão enfim receber seu preço!
Somos todos soldados para combatê-los,
Se nossos jovens heróis caem,
A França outros produz
Contra vocês, totalmente prontos para combatê-los!

Franceses, em guerreiros magnânimos,
Levem, carreguem ou suspendam seus tiros!
Poupem essas tristes vítimas, que contra vocês se armam a [contragosto.
Mas esses déspotas sanguinários
Mas esses cúmplices de Bouillé,
Todos esses tigres que, sem piedade,
Rasgam o seio de suas mães!...

Entraremos na batalha
Quando nossos antecessores não mais lá estarão.
Lá encontraremos suas marcas
E o traço de suas virtudes.
Bem menos ciumentos de suas sepulturas
Teremos o sublime orgulho
De vingá-los ou de segui-los.

Amor Sagrado pela Pátria
Conduza, sustente nossos braços vingativos.
Liberdade, querida liberdade
Combata com teus defensores!
Sob nossas bandeiras, que a vitória
Chegue logo às tuas vozes viris!
Que teus inimigos agonizantes
Vejam teu triunfo e nossa glória.

25 de outubro de 2008

Felicidade


Nossa cultra, a cristã-judáica ocidental, é um fracasso. O fim do Homem virá por causa dela. Existem vários pontos de partida que me fazem acreditar nisso... o Homem se mata sendo o que ele é hoje.
Vivemos em um culto à dor, um culto à penitencia, ao martírio, à paixão - aquela, de cristo. Somos mestres em criar profetas da dor e do inferno. A vida de um cristão é algo estranho, pra nao dizer abominavel! Como é possivel viver com um Deus dentro de cada um, vigiando todos, a fim que nao façam nada que nao lhes foi mandado? Como suportam isso?
Cada vez mais acredito no ateismo católico. Acredito que o Papa é ateu, que os cardeias sao, ques os bispos tambem. Será que eles realmente acreditam na farsa que inventam... o ditado, entao, deve se aplicar à eles, "uma mentira contada mil vezes torna-se verdade".
Essa dor constante, é suprida apenas pela ignorancia. A felicidade é um estado de ignorancia! Talvez essa seja a chave da felicidade dos cristãos, talvez a dor nao seja a causa da tristeza, talvez a sabedoria seja!
Daí vem o gancho para outra questao catolica. A hipocrisia! Somos um país de catolicos, mas nunca vamos a igreja. Somos um país de catolicos, mas nao lemos a biblia. Como nos dizemos catolicos se nada de catolico fazemos? Hipocritas, eis o que somos! Somos catolicos por conveniencia!? Existe essa opçao? Nao hora de pedir ajuda de Deus somos fervorosos. Na hora de fazermos sexo, com camisinha, somos o mais ateu dos ateus.
O que isso se relaciona com felicidade? Creio que tudo. Acredito numa destruiçao do nosso "eu" ocidental, para realmente vermos quem somos... quem sabe assim nossa angustia por respostas - de onde viemos; para onde vamos; por que viemos - cessem e finalmente possamos nos forjar ignorantes.

Caixa de Pandora

Acho interessante observar pessoas, e suas manias, seus transtornos obsessivos, pois assim vejo e aprendo sobre a humanidade e aprendo um pouco mais sobre mim. Vejo como somos obsecados por ... qualquer coisa. Somos obsecados pelo outro, por aquilo a se ver e falar.

Isso me faz lembrar de Pandora. Somos tão obsecados pelo que nao sabemos - talvez seja essa a explicaçao da ligaçao mais ilogica existente entre os Homens, a religiao -, e fazemos de tudo para chegarmos à verdade. Mas será mesmo que entendemos o que vemos?

Por exemplo, um amigo meu disse que ao ver um nascer do Sol numa praia, viu a real existencia de Deus. Deus estaria ali, fazendo sua "mágica" naquele nascer do Sol, ou seria apenas a beleza que sintimos por aquilo que nao podemos controlar? O Homem tem essa paixao por tudo aquilo que nao controla, ou nao?! A mais banal das coisas seria a velocidade... o risco , o perigo, a incapacidade de prever o que aconteceria... a fórmula 1 é uma coisa apaixonante, que nos fascina, devido a essa falta de controle do Homem sobre essa "grandeza". Aalgo mais estranho, eu diria, seria o tempo... amamos o tempo, amamos tanto que tentamos fazê-lo parar, para assim podermos desfrutar melhor dele.

Se Nietzsche disse que "Deus está morto", eu digo que ele ainda nao nasceu. Nao nasceu, pois tudo o que vemos, fomos nós quem criamos. Nao um Deus onisciente e onipresente. Afinal, tudo é pscicologico, tudo é uma interpretaçao nossa... o que me faz lembrar sobre o mito da caverna de platao... nossos olhos são a entrada da caverna, e nosso intelecto, as sombras.