25 de outubro de 2008

Caixa de Pandora

Acho interessante observar pessoas, e suas manias, seus transtornos obsessivos, pois assim vejo e aprendo sobre a humanidade e aprendo um pouco mais sobre mim. Vejo como somos obsecados por ... qualquer coisa. Somos obsecados pelo outro, por aquilo a se ver e falar.

Isso me faz lembrar de Pandora. Somos tão obsecados pelo que nao sabemos - talvez seja essa a explicaçao da ligaçao mais ilogica existente entre os Homens, a religiao -, e fazemos de tudo para chegarmos à verdade. Mas será mesmo que entendemos o que vemos?

Por exemplo, um amigo meu disse que ao ver um nascer do Sol numa praia, viu a real existencia de Deus. Deus estaria ali, fazendo sua "mágica" naquele nascer do Sol, ou seria apenas a beleza que sintimos por aquilo que nao podemos controlar? O Homem tem essa paixao por tudo aquilo que nao controla, ou nao?! A mais banal das coisas seria a velocidade... o risco , o perigo, a incapacidade de prever o que aconteceria... a fórmula 1 é uma coisa apaixonante, que nos fascina, devido a essa falta de controle do Homem sobre essa "grandeza". Aalgo mais estranho, eu diria, seria o tempo... amamos o tempo, amamos tanto que tentamos fazê-lo parar, para assim podermos desfrutar melhor dele.

Se Nietzsche disse que "Deus está morto", eu digo que ele ainda nao nasceu. Nao nasceu, pois tudo o que vemos, fomos nós quem criamos. Nao um Deus onisciente e onipresente. Afinal, tudo é pscicologico, tudo é uma interpretaçao nossa... o que me faz lembrar sobre o mito da caverna de platao... nossos olhos são a entrada da caverna, e nosso intelecto, as sombras.

Nenhum comentário: