11 de janeiro de 2009

As idéias e o corpo

"Somo humanos, demasiadamente humanos." Nietzsche previa nossa incapacidade sobre-humana. Nossa facilidade ao erro. Não somos perfeitos, apesar de sempre buscarmos a perfeição, seja no plano intelectual, ou no plano físico.
A ploriferação de academias e de clínicas estéticas é hoje algo preocupante. Parece que toda a sociedade vive em função de ter um corpo perfeito, o corpo de um Deus. Saudosos são os tempos em que o que se priorizava era a formação intelectual, ideológica; não esta cultura de modelamento do copro a qualquer custo.
Apesar de atividades físicas serem extremamente importantes para a saúde humana, o que temos hoje em nada nos ajuda, mas inviabilizam a concretização de um copro saudável, pois além de cirurgias que homogenizam o Homem, tem-se o uso de esteróides anabolizantes, que desregulam e colocam em risco a saúde humana.
Zuenir Ventura pergunta: "Como o psicanalista virou 'personal-trainer'?"; mas não há resposta clara. Aqueles ideais de 68 se diluiram. Talvez cooptados pelo capitalismo, ou apenas rejeitados por apresentarem uma estética feia. Fato é que fomos induzidos a nos preocuparmos com o corpo, preocupação que virou paranóia. Controlávamos o corpo para termos saúde. Agora, somos controlados pelo corpo, e a saúde se perdeu em algúm lugar entre a academia e as clínicas de estética.
A incansável busca pelo padrão de beleza é extremamente cruel. Os que conseguem se encaixar nele sofrem graves problemas de saúde, como a anorexia e bulimia. Os que não conseguem, sofrem discriminação social e a auto-discriminação. O que fizemos de nós? A geração saúde tornou-se a a geração paranóia?
Devemos entender que é impressindível a busca por um corpo saudável, e não perfeito. Afim de disfrutarmos de nossa condição humana, demasiadamente humana. Devemos viver em função do prazer, não em busca de um padrão de pseudo-felicidade. Felicidade que se consegue com bisturis e remédios dietéticos.

Um comentário:

Ná!da disse...

'mens sana in corpore sano'

não é bem assim mais, né?

é entristecedor como as pessoas se submetem à dita ditadura da beleza. Mas fácil é julgar quem se submete quando se está encaixado no padrão requisitado pela sociedade.

...é um grande dilema. O tema da redação da ufg foi clichê mas bem escolhido =D

bom blog!